No mês de março de 2020 na instituição a realidade era o medo de um vírus desconhecido. Não conseguíamos caminhar! Mas Deus vendo nossa realidade decidiu: “Já que não conseguem caminhar com vossos pés, darei asas para toda a equipe e verei o que vocês conseguem fazer com elas. Obviamente são duas asas para cada um, uma a asa da boa vontade e uma asa da fé!”
Assim a NGB voou e voou alto. A cada aluno acolhido Deus falava: “A ONG pode mais!” E voamos ao encontro dos familiares dos alunos. E Deus falava direto ao coração diante de nossos olhos assustados: “Está pouco, voem e alcancem até quem ainda não faz parte da ONG. Tenham fé!” Com isso, a NGB cadastrou pessoas em vulnerabilidade social. Deus novamente falou: “Está pouco, por isso acolham todos os que chegarem até vós. Existem muitos adultos tristes. Esqueceu que agora não são apenas crianças que a ONG acolhe?” E assim professoras com suas atividades de desenhar e colorir buscaram crianças esquecidas, desaparecidas, afinal não é apenas com crianças que professoras sabem lidar. Assim descobriram incríveis crianças que moram dentro do coração e na saudade dos idosos. Diante disso transformaram em satisfação a apatia de adultos.
Todos os funcionários se tornaram companheiros e ajudantes no trabalho. A cozinheira queimou sua perna e fez com que faxineira e monitor descobrissem que sabem e conseguem cozinhar para muita gente. Também, para que a outra padeira visse que os pães saem gostosos mesmo quando a padeira oficial tem que sair correndo para acompanhar amiga queimada até a Unidade de Pronto Atendimento. O voluntário inseguro para dirigir sem alternativa pegou asas e saiu dirigindo pela comunidade toda. A cada dia chegavam mais pessoas em situação de vulnerabilidade social e saíam mais corações satisfeitos.
E o auxílio emergencial, Deus? Como vamos fazer com essas pessoas que não conseguem se cadastrarem, que não possuem celular e tampouco acesso à internet e quando tem os dois e não tem discernimento para se cadastrarem? Deus respondeu: “Vou dar asas e bondade para funcionários da Caixa Econômica Federal, para que possam apoiá-los, vou distribuir algumas asas para voluntários, doadores generosos e fazê-los enxergarem vocês.”
Diante de todo esse cenário, nenhum funcionário foi para lista de desemprego. Nenhum aluno ficou sem comer ou sem proteção. Ninguém que chegou necessitado teve seu pedido negado. Nessa longa, brincalhona, mas muito respeitosa narrativa, agradecemos a Deus por tudo. Em especial por nos ensinar que o trabalho em equipe, tendo harmonia e coragem para receber asas, pode fazer corajosos e desbravadores voos. Aos voluntários gratidão por nos emprestar asas novas quando as nossas se desgastavam. Aos doadores agradecemos por ser o alimento necessário para manter o voo da NGB e aos atendidos agradecemos por seus ninhos serem o alvo de nossos voos!